Um telefonema urgente de um distinto senhor de Martina Franca pedia-me para ir a San Giovanni Rotondo: a sua mulher estava afetada por um cancro grave no peito.
Partimos na tarde desse mesmo dia. Chegados à noite, de manhã levantamo-nos cedo para sentar com o padre logo à santa Missa.
Não consegui falar-lhe nessa manhã. De tarde, na varanda, depois de lhe ter beijado a mão, disse-lhe:”Padre, uma senhora de Martina Franca, afetada por um cancro no peito, tem os dias contados e pede-lhe para rezar por ela.”
O Padre elevou os olhos, depois, com um gesto de mão acompanhou as palavras: “Está bem! O senhor concedeu-lhe uma prorrogação.”
Eu, feliz, voltei para referir ao marido o sentido e não as palavras precisas da resposta positiva. Pela alegria que dei, ofereceu-me um quadro do Padre Pio que ainda conservo.
Exatamente nove anos depois, um telefonema urgentíssimo de Martina Franca avisava-me do imprevisto reaparecimento e agravamento do problema.
Fui rapidamente ter com o Padre, consegui falar com ele e, sem perder tempo, contei-lhe o objetivo da minha visita: “Padre, aquela senhora Martina Franca voltou a adoecer.” O Padre Pio, com doçura, respondeu-me: “Eu dei-lhe uma prorrogação, não a cura definitiva.”
Voltei e referi aos familiares: “O Padre Pio reza pelo doente.”
Mas eu sabia o resto. Após menos de um mês a senhora morreu.
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