II Foglietto, semanário da província de Foggia, saiu a 25 de maio com um artigo intitulado “O santo de San Giovanni Rotondo”. Dizia que a pequena vila junto ao Gargano corria o risco de se tornar famosa em toda a Itália. Até ontem começava a sê-lo, infelizmente, pelo banditismo que assolava os seus campos. Hoje passa a sê-lo pela existência de um humilde irmãozinho, considerado santo”.
A notícia foi retomada por outros jornalistas, mas sem que lhe dessem particular importância. As pessoas, porém, sempre muito sensíveis a fenômenos espirituais, começaram a acorrer. Em maio de 1919, San Giovanni Rotondo já era inundado por uma verdadeira multidão.
Agora Padre Pio nem sequer tinha tempo para continuar a sua correspondência com os diretores espirituais. Em fins de maio de 1919, o seu confessor, Padre Agostino, escreveu-lhe uma carta lamentando- se por ter sido esquecido, e Padre Pio responde-lhe, com data de 3 de junho:
“Não tenho um minuto livre: gasto todo o meu tempo a libertar os irmãos dos laços de Satanás. Bendito seja Deus. Peço-lhe, portanto, que não me aflija mais, a par dos outros, fazendo apelo à minha caridade, pois a maior caridade consiste em arrancar almas seduzidas das garras de Satanás, a fim de as ganhar para Cristo. É isso precisamente que eu faço a toda hora, tanto de dia como de noite”.
O tom é expedito, diferente do das outras cartas escritas a Padre Agostino. Sente-se que terminou o período das confidências e das análises interiores, e que agora Padre Pio começa a atuar. São palavras que fazem lembrar as de Jesus, quando é encontrado pelos pais, no Templo: “Não sabeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?”. A missão urge, a missão do confessionário, e Padre Pio mergulha nela.
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