Durante seus anos de estudo, com exceção de Padre Benedetto e de alguns de seus superiores, os confrades do Frei Pio – inclusive seus companheiros de estudo – nada sabiam sobre suas experiências místicas ou sobrenaturais, das quais ele nunca falava. Estavam, contudo, conscientes de que ele era diferente. O Padre Guglielmo de San Giovanni Rotondo, somente um ano mais velho que Pio, escreveu sobre a “pureza revelada pela grande modéstia seus olhos (…), as penitências que insistentemente pedia permissão para realizar (…), a mudança em seu semblante, que se podia observar quando inesperadamente separava uma imagem imodesta (…), o fato de que deixava transparecer sua angústia quando via os outros em uma ação de natureza dúbia – tudo isso é prova de seu amor e de sua virtude angélica”.
Padre Raffaele D’Addario de Sant’Elia a Pianista (1890-1974), que estudou com Pio e se tornou um amigo íntimo, recorda: “Particularmente, ele despertava em mim um senso de grande admiração por sua exemplar conduta”. Sempre que o Padre Raffaele o encontrava, fosse no corredor, no coro, na sacristia, ou no jardim, Pio sempre parecia estar em um estado de reconhecimento – isto é, consciente da presença de Deus. “Nunca houve o risco de que ele dissesse uma única palavra que não fosse necessária”, lembra-se Padre Raffaele. “Apesar de ser ainda muito jovem e inexperiente na vida de virtudes, percebi algo nele que o distinguia de todos os outros estudantes”.
O Padre Damaso de Sant’Elia a Pianista (1889-1970) fez uma observação similar. Percebeu que Pio era “um pouco diferente dos outros (…). Era mais amável, e sabia como dizer a coisa certa aos rapazes mais jovens. Sugeria um conselho de forma muito doce, e costumávamos ouvi-lo por nossas própria conta”.
Havia algo mais que seu excelente caráter a atrair a atenção e a solicitude alheia – a saúde precária de Frei Pio.
Livro Padre Pio a História Definitiva/ pág 72
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