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Padre Pio é chamado muitas vezes “o frade com estigmas”. Mas também o designam por “o religioso de cuja pessoa emanava perfumes suavíssimos, que podiam ser sentidos a milhares de quilômetros”; o religioso que realizava ‘viagens’ assombrosas fora do corpo, em bilocação “; o religioso que tinha a capacidade de ler no pensamento, de conhecer a vida privada das pessoas, sem nunca as ter visto antes”; o religioso que
“falava com os mortos, que recebia visitas de entidades espirituais que lhe revelavam segredos e acontecimentos que ainda estavam para ocorrer”; o religioso que
“operava curas fantásticas e conversões imprevistas”, e que ” empreendia lutas furiosas contra as forças obscuras do Mal”.
Todas estas fases descrevem fenômenos portentosos e inexplicáveis, continuamente presentes na vida do Padre.
Já nos referimos de outras vezes aos estigmas, às lutas com Satanás, às curas milagrosas e às visões de entidades espirituais. Contudo, vale a pena dedicar um pouco de espaço a outros ” fatos inexplicáveis “.
Um dos fenômenos mais curiosos era constituído pelos perfumes. Com efeito, da pessoa de Padre Pio emanava um perfume suavíssimo, a que muitos chamavam “perfume do paraíso”.
Foi constatado milhares de vezes, não só por devotos e admiradores, mas também por muitos inimigos declarados do Padre.
Os estudiosos de hagiografia chamam a esse perfume “odor de santidade”. Manifesta- se, de um modo geral, depois da morte da pessoa em causa. O cadáver do “santo” emana um eflúvio delicioso, quase como sinal de que as consequências nocivas da decomposição são interrompidas naquele corpo privilegiado.
Foi o que aconteceu a Santa Umiliana, a São Domingos, fundador da Ordem dos Dominicanos, a São Pascal, a Santa Rosa de Viterbo, a Santo Afonso de Ligório, a Santa Maria de Pazzi e a muitos outros. Constatou-se ainda que o cadáver de São Casimiro, protetor da Polônia, emitia perfumes intensos, mesmo passados cento e vinte anos após a sua morte.
Contudo, também houve alguns santos que emanavam perfumes durante a vida. Santa Teresa do Menino Jesus emitia odores suavíssimos das suas vestes e da boca. O mesmo acontecia a São José de Cupertino, a Santa Rita de Cássia, a São João da Cruz e a São Francisco de Paula.
Em Padre Pio, o perfume manifestava-se de repente, sem justificação precisa. Durava alguns instantes, ou então várias horas. Podia ser sentido por multidões inteiras. Era intenso e penetrante, ou passageiro e difuso. Não era captado por todos ao mesmo tempo e na mesma medida: podia acontecer que uma pessoa o sentisse, mas quem estivesse a seu lado não. Alguns sentiam perfume de rosa, outros de violeta, outros de jasmim, outros ainda de incenso, de lírio, de alfazema etc… Em todos eles, esse perfume provocava uma sensação de grande serenidade e alegria interior.
O cheiro era detectado na pessoa do Padre, nos objetos por ele tocados, nas vestes que ele usava e nos locais por onde tinha passado. Também se podia sentir a distância, quando se pensava em Padre Pio ou se falava dele.
O Professor Luigi Romanelli, um dos primeiros médicos incumbidos de analisar os estigmas de Padre Pio, sentia esse perfume desde o primeiro encontro. Mais tarde, quando outros estudiosos tentaram explicar o fenômeno como fruto da sugestão, o Professor fez por escrito, a seguinte declaração, extremamente interessante: “Cada vez que ouço falar do perfume de Padre Pio, lembro-me bem que também eu o senti. Em junho de 1919, quando visitei pela primeira vez San Giovanni Rotondo, mal fui apresentado ao Padre notei que, do seu corpo, provinha certo odor. Disse ao Padre superior, que estava conosco: ‘Não me parece bem que um frade tão considerado use perfumes’. Nos dias seguintes, em que permaneci em San Giovanni Rotondo, não notei mais nenhum odor, embora entrasse na cela e estivesse sempre acompanhado por Padre Pio. Antes de partir, precisamente durante a tarde, ao subir as escadas, senti de repente o mesmo perfume do primeiro dia.
Não era sugestão minha. Primeiro, nunca ninguém me tinha falado de tal fenômeno; segundo, se tivesse sido sugestionado, deveria sentir aquele odor continuamente, e não com um intervalo tão longo. Quis fazer esta declaração por estar muito difundido o hábito de atribuir a sugestão àqueles fenômenos, que não se podem ou não se sabem explicar”.

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