O objetivo de Padre Pio não era ter êxito junto das pessoas que dirigia espiritualmente. Não procurava o seu consenso nem a sua aprovação. Desejava apenas o bem objetivo da “filha” e, para obtê-lo, não hesitava em revelar-se por vezes muito duro.
“Para seguir Padre Pio” _ escreveu a sua filha espiritual Filomena Fini – “sofria-se muitíssimo. As suas provas, as suas reprimendas, o tratamento diferente de alma para alma, tudo isso despedaçava o coração de dor e era preciso ter muita fé para dizer que a sua atuação era justa. Certo dia, em que eu tinha sofrido muito, perguntei-lhe: ‘Padre, mas então a vida espiritual faz sofrer assim tanto?’, ao que ele me respondeu: ‘Vida espiritual significa agonizar’. E eu insisti, um pouco impulsiva: ‘Mas eu não quero agonizar’. Assim, o bom Padre deixou de me tratar com tanta dureza, modificando a sua forma de atuar. É maravilhoso estar perto de um santo, mas como se sofre!”
Vittorina Ventrella: “Por vezes alguma dentre nós ficava angustiada por não progredir facilmente, como as outras.
Então o Padre dizia: ‘Alguns chegam ao paraíso de trem, outros de carroça, outros ainda a pé. Estes últimos, porém, têm mais mérito do que os outros, e um lugar de maior glória no paraíso’ “.
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