As curas pela intercessão do Padre Pio aconteciam até do outro lado do Atlântico, como o da madre Teresa Salvadores, superiora da oficina-escola da Medalha Milagrosa da Cidade de Montevidéu, no Uruguai.
O convertido Alberto del Fante recordava que essa freira se debatia entre a vida e a morte no início de 1921. O relatório médico era desencorajador: a paciente era vítima de uma grave afecção cardíaca, com lesão nas aortas, unida a outros gravíssimos problemas gástricos originados por um câncer de estômago.
A religiosa não podia mover-se da cama a não ser com a ajuda de suas irmãs; também já não tolerava nenhum tipo de medicamento, salvo as injeções de morfina que retardavam sua agonia.
Em novembro daquele ano, a comunidade escreveu ao padre Pio pedindo-lhe um milagre, enquanto a enferma aguardava já resignada o seu final, tendo já renunciado à própria morfina.
A Providência não tardou a atuar: num daqueles dias as freiras receberam a visita de uma senhora aparentada com monsenhor Fernando Damiani, vigário-geral da diocese uruguaia de Salto.
Damiani conservava com muito cuidado um tesouro trazido de sua recente visita a San Giovanni Rotondo; uma das luvas do Padre Pio.
A própria Madre Teresa Salvadores narra o que aconteceu em seguida:
Puseram-me a luva, primeiro ao lado onde eu tinha uma inchação tão grande quanto um punho; depois na garganta, onde sentia que me asfixiava. Adormeci de imediato. Vi em meu sonho o Padre Pio me tocando o flanco dolorido e após três horas, despertei e pedi meu hábito para levantar-me da cama onde jazia havia meses… Levantei-me sem ajuda de ninguém e desci à capela… ao meio-dia, fui ao refeitório e eu, que havia tempo não provava nenhum pedacinho de alimento, cheguei a comer mais que minhas irmãs… Desde aquele dia não voltei a sentir nada.
Seu próprio médico, Juan B. Morelli, professor catedrático da Universidade de Montevidéu, viajou depois à Itália para conhecer o Padre Pio e voltou a seu país convertido num novo homem.
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