Saiba como Padre Pio adquiriu maturidade e conformidade com a vontade de Deus

Os pensamentos, as intuições e os afetos, os sentimentos e os desejos do Padre Pio estavam sempre sabiamente equilibrados por uma razão sã, iluminada por uma fé perfeitamente conformada com o ensinamento e o exemplo do Senhor, e alimentada por uma oração ininterrupta e sempre mergulhada em Deus.
Pessoas de raça, religião e culturas diferentes encontravam no Padre Pio uma força iluminadora inigualável; analisava cada pedido com maturidade, resolvia-o com bom-senso e dava-lhe diferimento com modéstia e simplicidade.
Era um homem perspicaz, resoluto e sem preconceitos; atuava com prudência e com a devida precaução. Perante o imprevisto, não se desconcertava: o seu constante refúgio era a oração.
A sua espiritualidade atingia o auge da maturidade precisamente ao combinar justiça e bondade, doçura e firmeza, austeridade e ternura no cuidado das almas, solicitude exuberante de amor e castidade perfeita, vida interior em grau supremo e lucidez nos assuntos próprios e alheios.
Falava com palavras e sem palavras.
A sua linguagem simples era a expressão do testemunho.
No confessionário, era juiz, mestre, médico e sobretudo pai.
No altar, era sacerdote e vítima, crucificado e ressuscitado, representante de Cristo e de todos os irmãos no exílio.
Era muito sensível e delicado com o próximo: respeitava a reputação e a honra de cada um de nós, e até nos ajudava a recuperá-las, caso as tivéssemos perdido.
Fazia de tudo para evitar juízos de valor ou, pior ainda, maledicências sobre quem que fosse.
Gostava de acirrar, mas fazia-o com tanta doçura que era um prazer brincar com ele e, especialmente, vê-lo sorridente e divertido.
Quando se entretinha conosco era amável, do mesmo modo era disponível e pontual no serviço de Deus.
A Santa Missa e o Ofício Divino, a adoração e a visita ao Santíssimo Sacramento, a Via-Sacra e o santo Rosário eram celebrados com assiduidade e indefectivel constância.

Livro: Padre Pio
meu pai
Pierino Galeone
Página 31