“Se eu pudesse descrever o rosto do Padre Pio, quando me disse: ‘Eu não sei se no mundo haverá alguma criatura pior do que eu’. Era um rosto humilde, assustado. Considerava-se sempre o último dos homens.
No penúltimo dia da sua vida, gracejei, como uma pateta: ‘Padre, quando o Senhor o chamar, não saberá onde há de colocá-lo’. Falei no bom sentido, mas ele entendeu ao contrário, e inquiriu: ‘Por quê?’, como quem diz: ‘Eu estou no Getsêmani, estou no abandono do Calvário, e Jesus me faz saber por meio dessa pateta?’.
Então expliquei: ‘Porque, quando chegar às portas do paraíso, eles dirão: Onde o colocaremos? Entre os apóstolos? Mas ele foi o apóstolo de todo o mundo. Entre os mártires? Mas ele foi o maior de todos os mártires. De um modo geral, os mártires que dão a vida por Deus sofrem a prisão, as perseguições, as torturas e a morte durante certo período de tempo. Este pobre, porém, sofre desde o nascimento as penas físicas mais atrozes. Vamos colocá-lo entre os anjos, entre os Serafins, que ardem de amor por Deus? Mas os Serafins sempre viveram no gozo do céu, ao passo que este pobre sempre sofreu, ao longo de toda a sua vida. Então Jesus dirá: Ei, Pio! Venha junto de mim, indicando, com a mão um lugar a seu lado’.
Ao ouvir essas minhas palavras, Padre Pio esboçou um sorriso de alívio, como se tivesse sido libertado de uma grande angústia, que o oprimia. Foi um sorriso como o de uma criança, um sorriso tão belo! Levantou a mão, fingindo que ia me dar uma bofetada, mas não a deu. Estava tão aliviado. Por isso digo que Jesus é o Cordeiro de Deus, e Padre Pio é o cordeirinho de Jesus. Iremos encontrá-lo mesmo ao lado de Jesus.”

Padre Pio um santo entre nós/pág 605

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