O heroísmo era, para o Padre Pio, o único modo de viver. Não conseguia estar na vida de outra maneira.
Cada um de nós, ao vê-lo, dizia no seu coração; “Eu não seria capaz de fazer aquilo que ele faz.”
Era inevitável a pergunta: “Como lhe dá tanta força para estar sempre disponível para com Deus, orando continuamente, e para com as pessoas, escutando-as e respondendo-lhes com surpreendente sabedoria?”
A sua fé a única resposta.
A fé, de fato, unia o Padre Pio ao pensamento de Deus e à sua infinita sabedoria. Fazia-o conhecer intimamente o espírito de Deus e nele qualquer outra criatura. Penetrava na vida de Deus até ao ponto de rasgar qualquer véu de mistério, especialmente do Filho de Deus, tanto quanto possível à inteligência humana.
Pela fé, o Padre Pio entrava no espírito de Cristo para conhecer em pleno as dimensões da sua caridade divina e de sua dor salvífica.
A grande fé que tinha concedia-lhe a graça de viver em Cristo: tinha o dom de conhecer aquilo que Cristo conhece e amava aquilo que Cristo ama; sofria os sofrimentos de Cristo, vivia a sua própria vida e morria da sua mesma morte.
Pela fé, o Padre Pio perdia-se em Cristo, para que Cristo vivesse nele. Pela fé, Deus permanecia nele e ele em Deus: esta de fato faz viver os justos, leva os pecadores à conversão; move as montanhas e dá a salvação.
Mediante a fé, o homem conforma-se à imagem de Cristo. Ver o Padre Pio era como ver Cristo em pessoa.
O espírito e a vida de Deus eram nele tão grandes que não nos era difícil vislumbrar, por assim dizer, mesmo no seu corpo, os traços de Cristo: no olhar e no andar solene e majestoso, no falar e no sorrir, no orar e no chorar.
No altar, então, era preciso conter-me para não achar que estava a ver Cristo em pessoa, de tal modo se assemelhava a Ele.
A fé, no Padre Pio, era princípio, fundamento e raiz da sua intimidade divina. Os pensamentos, as palavras e as obras do Padre Pio não eram senão os pensamentos, as palavras e as obras de Jesus.

Livro: Padre Pio
meu pai
Pierino Galeone
Página 24

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