Categories:

A cruz é a escola do amor. Ao vê-la, São Francisco de Assis orou com todo o seu ser para conhecer não somente a dor, mas também o amor sem medida que abraçava Cristo e o levava a viver voluntariamente essa Paixão por nós pecadores.
Ao dar-nos o seu Filho único, como o Cordeiro que tira os pecados do mundo, Deus não pode amar-nos mais. Ó amor insondável e inexprimível! Ó Deus, “Tu vês a angustia e o pesar, observa tudo e tomas essa causa nas tuas mãos”. Jesus fez mais do que tomar nas suas mãos todas as nossas doenças e os nossos sofrimentos. Tomou-os na sua alma até a amargura da morte de um escravo. Na alma de Cristo, os nossos pecados só encontram o amor e a misericórdia. Neste coração ardente de amor, foram quebradas e destruídas todas as cadeias do pecado. A morte é morte na cruz. Jesus desceu do céu “nas baixezas” da nossa condição humana para vencer o mal na sua própria raiz. Sim, a vontade do Pai é uma vontade de amor. No seu filho, Deus entrega-Se todo inteiro e atrai-nos a Si.
Como contemplar o mistério da nossa redenção e não querer estar unido a esse amor, mesmo nos sofrimentos? Quem ama de verdade tem um único desejo: fazer uma só coisa com a pessoa amada. O Padre Pio não procura o sofrimento, mas o amor que salva porque toma sobre si o peso que esmaga os filhos do Pai do céu. Por isso, pede a Jesus: “Toma-me contigo na cruz para te ajudar a salvar o mundo!”
Esta oração atinge Jesus no desejo mais querido para o homem: que o homem ame como Jesus ama. É por isso que Jesus escuta o seu servo e lhe dá as marcas físicas da sua Paixão. Onde encontraremos a razão dessa partilha senão no próprio Amor? Pelo sacrifício de Cristo, a salvação do mundo inteiro foi total e definitivamente alcançada. Só Jesus é o único Salvador, porque só Deus podia tomar sobre Si o pecado do mundo. Só Deus pode tirar o bem do mal…
Jesus crucificado chama cada homem sofredor a repousar n’Ele: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos que Eu hei-de aliviar-vos” Mas Jesus abre também o seu coração que sofre às almas generosas, tanto quanto elas puderem receber. O Padre Pio pode dizer com o apóstolo Paulo: “Estou crucificado com Cristo. Já não sou eu que vivo mas é Cristo que vive em mim. E a vida que agora tenho na carne vivo-a na fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim”.

Livro: Orar 15 dias com Padre Pio.
Jean Dominique Dubois
Página 72

Nenhum comentário ainda

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    error: O conteúdo desse site é protegido
    Pular para o conteúdo