A devoção a Maria Santíssima é certamente um dos componentes essenciais da espiritualidade de Padre Pio. Comprovam-no os trechos a seguir, recolhidos no Epistolário.
Com ternura filial, ele recorda Nossa Senhora com uma série de títulos diferentes e significativos: querida Mãezinha, bela Mãezinha, bela Virgem Maria, Mãe santíssima, Mãe diletíssima, Mãe bendita, afetuosa Mãe, Mãe afetuosíssima, Mãezinha do céu, Consoladora, Rainha dos mártires. Parecem as notas de uma simples sinfonia.
Ele se comove recordando os inúmeros benefícios recebidos da Virgem; fala com evidente complacência e comovida gratidão por seus cuidados maternais “que chegam ao requinte”; proclama que graças à sua ajuda repeliu vitoriosamente as insídias diabólicas e, guiado por sua mão, pode frequentemente acercar-se de Jesus e gozar de sua intimidade; deplora a incapacidade de lhe agradecer e corresponder a seus cuidados maternais, como gostaria, e com fervoroso entusiasmo convida todas as criaturas a amá-la, porque verdadeiramente é digna de ser amada por todos.
“Esforcemo-nos, também, como tantas almas eleitas, para nos manter sempre atrás dessa bendita Mãe, para caminhar sempre perto dela, não havendo outra estrada que conduza à vida, senão aquela trilhada pela nossa Mãe. Não recusemos esse caminho, nós que queremos alcançar o termo”.
“A Mãe de Jesus e nossa nos obtenha ainda do seu Filho, a graça de viver uma vida totalmente de acordo com o coração de Deus; uma vida interior e toda escondida Nele. Que essa Mãe muito querida nos una a Jesus tão estreitamente, que não nos deixe mais arrebatar e atrair por coisa alguma deste mundo terreno. Que nos mantenha sempre perto daquela amabilidade infinita, Jesus, e somente então poderemos dizer com São Paulo que somos filhos de Deus no meio de uma nação depravada e corrupta”.
“Gostaria de voar para convidar todas as criaturas a amar Jesus, a amar Maria”.
“Aquela que entrou no mundo sem mancha nos obtenha, do seu Filho, a graça de sair sem culpa deste mundo”.

Livro: Padre Pio
Palavras de Luz
Florilégio do Epistolário
Página 161

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