Para Padre Pio a obediência é aquela ensinada pelo Cristo: adesão silenciosa e sem reservas às ordens da autoridade, por desconcertantes e injustas que pareçam ser, desde que ninguém sofra por causa delas e que não se contraponham à verdade. Mesmo quando sofre com essas ordens, ele não mente ao declarar que não está ofendido: ele não se sente ofendido, é o próprio, Cristo que foi ofendido. Ele está ferido, — e como! — por causa da ofensa feita ao Senhor, mas quem é ele para imaginar por um só instante que foi ofendido? Está muito além da suscetibilidade e do amor próprio: enraizado no eterno presente do amor de Deus, vive o tempo dos homens com uma intensidade e uma acuidade multiplicadas, tempo da Igreja, ritmado pela liturgia, tempo da história, tecido de acontecimentos, tempo de sua história pessoal, abarcada pela da Igreja, já que entregue radicalmente a Jesus. Os santos não vêem a perseguição com olhos humanos, mas com o olhar da Misericórdia.

Livro: Das Sanções do Santo Ofício ao esplendor da verdade.
Página 347.

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