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Jamais assisti na minha vida a uma Missa tão comovente. E entretanto tudo era simples. O Padre Pio só agia de acordo com os ritos tradicionais. Mas recitava os textos litúrgicos com uma tal clareza, com tal convicção; emanava de suas invocações uma tal grandeza que a Missa tomava não sei que proporções e se tornava — o que em realidade ela é e que precisamente esquecemos que ela é — um ato absolutamente sobrenatural. Quando soa a elevação da hóstia, e depois do cálice, o Padre Pio imobiliza-se na contemplação. Por quanto tempo ele mantém a hóstia erguida, com os braços elevados acima das nossas cabeças? Por quanto tempo mantém o cálice?… Dez, doze minutos, talvez mais… Não o sei… Não se ouvia no meio daquela multidão senão o murmúrio de sua prece. Ele tinha-se tornado verdadeiramente o intermediário dos homens perante Deus, o limite extremo da criatura finita perante o infinito.
Tudo está na intensidade da prece do celebrante, em sua interioridade, que conferem à Missa de Padre Pio um caráter sacramental único, que manifestam seu significado sobrenatural, místico. A assembleia segue o seu desenrolar com um fervor crescente, deixando-se levar sempre mais alto e mais longe no mistério.

Livro: Padre Pio
Das sanções do Santo Ofício ao esplendor da verdade
Página 263

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