Sabe-se que, depois da morte do Padre, os estigmas desapareceram do seu corpo, e que muitos estudiosos esforçaram-se para buscar a razão disso ou até para dar-lhe uma explicação.
De fato, o Cristo que agia é se manifestava em Padre Pio, retirando-se dele após sua morte, cessou de mostrar nele as próprias chagas. Mas nada impede que, se Deus quiser e quando o quiser, as chagas do Padre Pio reapareçam no seu fulgurante esplendor, assim como aconteceu com são Francisco de Assis, cujas chagas, depois de sua morte, manisfetaram-se ensanguentadas a muitas pessoas. Também Cristo, depois de sua ressurreição, manteve invisíveis as suas chagas (aparição a Madalena, aos discípulos de Emaus), a Cefas e aos Doze, mas mostrou-as, quando quis dar aos discípulos incrédulos um testemunho da própria realidade (a Tomé, aos apóstolos, antes da da Ascensão). Também as chagas de Padre Pio, se não evidentes, continuam a ser um sinal de eterno e inalienável enriquecimento, como de fato um motivo de triunfo, porque é certo que, se Deus em vida o quis assemelhar a Cristo sobre o Calvário, no céu o quer assemelhar a Cristo glorificado, cujas chagas permanecem eternamente incorruptíveis…
Na verdade, quem poderia dizer que aqueles estigmas concluíram seu ciclo com a morte de Padre Pio e que mereçam ser recordados apenas como razão póstuma de gratidão e admiração?
Quem poderia afirmar que aqueles sinais ensanguentados são apenas uma recordação histórica que evoca o martir do “momento” e não o “amém” de uma espiritualidade que se perpetua no tempo e que só se exaurirá em Cristo? …
Se o portador daquelas chagas agigantou-se em vida pela grandeza mortal, pela intensidade de ação, pela conformidade com a lei de Deus, pela santidade, pela observância escrupulosa dos dois grandes preceitos que delimitam o princípio e o fim da vida pública de Cristo — “fazei aquilo que ele vos disser” … “Fazei isto em memória de mim” —, é impossível que tudo possa desvanecer-se como um sonho, porque Padre Pio não é um santo destinado aos “nichos”, mas ainda está em campo para ser o companheiro e o guia de viagem dos fiéis, para encorajar sua ânsia de renascimento espiritual e de testemunho evangélico.
Livro: Os meus encontros com Padre Pio
Luigi Peroni
Pagina 235
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