Na solenidade litúrgica da morte, o Padre Pio parecia sereno, com a estola sacerdotal nos ombros, o crucifixo, o terço e a regra franciscana nas mãos: suas três grandes devoções. Os restos mortais, colocados sobre uma mesa rodeada de candelabros e vasos de flores brancas, foram dispostos no presbitério do santuário de Nossa Senhora das Graças, no começo da nave central. Dez concelebrantes começaram a primeira missa de sufrágio às 8h30. Um mar de pessoas apinhadas no interior do santuário, participava da missa chorando e rezando.
Na parte mais alta da Casa Alivio do Sofrimento agitava-se a bandeira a meio mastro. Num sopro a notícia da morte do Padre Pio espalhou-se por toda parte. O papa Paulo VI, que o amava muito e o estimava, logo celebrou uma missa em sufrágio pela sua alma.
Em Pietrelcina, o sino da Igreja matriz, em vez de soar em luto, soou em tom festivo.
O caixão de madeira foi substituído por uma caixa de aço coberto com um cristal, para tornar visível e ao mesmo tempo proteger os restos mortais que, depois, foram sepultados na cripta do santuário.
Nos dias 24 e 25, uma multidão imensa, enfileirada por entre as balaustradas, desfilou diante do féretro do Padre Pio. Eram cerca de cem mil pessoas vindas de toda parte do mundo. Às 15h30 do dia 26 de setembro, o cortejo fúnebre precedido de militares, religiosos, religiosas, alunas enfermeiras, sacerdotes e frades, dirigiu-se até o centro de San Giovanni Rotondo, seguido de uma multidão de fiéis em lágrimas. Os helicópteros da polícia e da aviação fizeram descer do céu uma chuva de papéis e de flores.
Quando o cortejo fúnebre chegou à praça de San Giovanni Rotondo, o prefeito da cidadezinha, Dr. Sala, leu um breve discurso de homenagem e saudação ao Padre Pio. Em seguida, o longo e apinhado cortejo se pôs em movimento. Às 19 horas, na praça do convento, teve início a solene concelebração presidida pelo padre Clemente de Wissingen, ministro-geral da Ordem dos frades capuchinhos. O padre Clemente de Santa Maria, administrador apostólico da província capuchinha de Foggia, pronunciou um tocante elogio fúnebre e leu o telegrama de condolências enviado pela Santa Sé. No final da missa, o bispo d. Antônio Cunial, administrador apostólico de Manfredonia, abençoou os restos mortais do venerado Padre Pio. As 20h30, o caixão foi levado para a cripta do santuário, onde foi sepultado.
Hoje, mais do que nunca, a tumba do Padre Pio é meta de contínuas peregrinações.
São centenas de milhares as pessoas de toda categoria e classe social que todo ano se dirigem a San Giovanni Rotondo para visitar os lugares onde viveu o Padre Pio e rezar sobre sua tumba.
Ainda hoje se vai aos lugares do Padre Pio para se confessar, como quando ele estava vivo. De fato, ele, apóstolo incansável do confessionário, dizia: “Todo aquele que subir este monte não será esquecido por mim…”.
E ainda: “Ninguém subirá este monte sem experimentar a misericórdia divina”.

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