Pe Eusébio nos conta que as correspondências de Pe. Pio com os seus Diretores Espirituais tinham a constante interferência do demônio: “Com relação às suas correspondências, o demônio sempre tentava desviá-las, mas e o Anjo de Pe. Pio sempre revelava os planos de satanás e a maneira de vencê-los”.
Um dia o Pe. Pio recebeu uma carta que estava ilegível em função de uma grande mancha de tinta sobre ela.
Satanás não queria que o Pe. Pio a lesse, mas o seu Anjo da Guarda veio em seu auxílio. É o próprio Pe. Pio quem nos
conta: “Com a ajuda do meu bom Anjo da Guarda aquele malvado, desta vez, foi derrotado, no seu desejo perverso e a sua carta pôde ser lida. O Anjo me sugeriu que eu pingasse algumas gotas de água benta sobre elas antes
de abri-las. Eu fiz isso sobre a sua última carta, mas mal posso contar-lhe quão enfurecido o ogro estava. Ele quer dar cabo de mim a qualquer custo, e está usando
todos os seus meios diabólicos para isso, mas ele será derrotado. O Anjo me assegurou isso e o Paraíso está do
nosso lado.” (Cartas 1, n.° 108). Santos de todas as épocas têm encontrado força e coragem nas palavras familiares: “O Anjo do Senhor acampa ao redor dos que o temem, e os salva” (S 134, 8). O Anjo do Senhor libertou Daniel das garras e presas dos leões e o Pe. Pio foi ajudado, muitas vezes, pelo seu Anjo nos seus combates contra o demônio.
Se ele progrediu no caminho da santidade, além da ajuda dos Céus, o mérito se deve também ao seu confessor e Diretor Espiritual, para quem ele manifestou todos os segredos de sua alma. Mas isso descontentou o diabo, que tentou de várias maneiras evitar estes contatos. De fato, um dia o diabo tomou o semblante de um frei e foi até o Pe. Pio dizendo-lhe que, pela ordem de seu Provincial, ele não deveria mais escrever para o seu confessor: “… como isso é contrário à pobreza e um sério obstáculo à perfeição… Eu
não poderia nunca, nem tenuemente, suspeitar que isso
poderia ser uma das armadilhas do diabo” – escreveu
Pe. Pio -, “se o Anjo não me tivesse revelado a fraude.
Só Jesus sabe, quão difícil foi para me convencer. O companheiro de minha infância tenta libertar-me das dores
que estes apóstatas impuros me infringem, ao ninar a minha alma num sonho de esperanças” (Cartas I, n.° 108).
Maiores confirmações dos desejos do demônio de cortar qualquer comunicação dele com o seu Diretor Espiritual podem ser encontradas na Carta 115, quando Pe. Pio, ao escrever para o Pe. Agostino, diz: “… Quando eu recebi a sua carta, recentemente, e antes que eu a abrisse, aqueles miseráveis disseram-me para rasgá-la ou jogá-la no fogo. Se eu fizesse isso eles se retirariam por bem e não me importunariam mais. Eu me mantive em silêncio sem
dar-lhes nenhuma resposta, enquanto em meu coração tentava despistá-los”.
Eles então completaram:
“Nós queremos isso somente, como condição de nossa retirada. Se você, assim o fizer, não estará desobedecendo a ninguém”.
Eu respondi que nada me faria mudar de idéia e eles se atiraram sobre mim como se fossem um bando de tigres
famintos.” (Cartas I, n.º 115).
Nas vidas dos Santos encontramos ocorrências similares a estas experimentadas por Pe. Pio, como notadamente vimos na vida de Madalena da Cruz; então, vamos dar alguns exemplos. Ela escreveu: “Meu Arcanjo avisou-me que deveria ficar alerta todas as vezes que um Arcanjo aparecesse para mim. Eu deveria observar de perto se existia uma cruz no seu manto, e se não houvesse, eu
deveria ordenar em Nome de Jesus que ele dissesse quem
era. Eu deveria sempre me lembrar disso”.
Tendo recebido este aviso, ela certamente levou este fato em consideração e posteriormente, escreveu: “Eu fui incomodada bastante hoje por um lindo Anjo que não tinha uma cruz no seu manto. Ele repetidamente disse-me que, uma vez que eu tinha sido predestinada a ser
amaldiçoada, desta forma, eu deveria levar uma vida, a mais confortável possível e que ele me ajudaria. Se eu não tivesse nenhum interesse particular pela felicidade terrena, deveria simplesmente dar fim à minha vida, porque ela toda não valia nada. Esta segunda tentação
foi tão violenta que chamei o meu Arcanjo para me ajudar e o falso Anjo desapareceu”.

Livro: Envie-me seu Anjo da Guarda Pe.Pio/ pág 33

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