Morando eu numa cidadezinha da Riviera, a minha principal diversão consistia em ir à praia, nadar e mergulhar. Parece que foi em 1952 que um dos meus ouvidos começou a doer, por ter-se enchido repetidas vezes com água salgada. Pelo menos foi o que presumi ter acontecido, embora não tivesse provas. Mas qual fosse a causa, a verdade é que passei o outono e o inverno com o ouvido purgante um líquido parecido com água. Não doía, mas incomodava bastante, principalmente à noite, quando acordava com aquele “glu-glu” no ouvido e o travesseiro com uma mancha de molhado.
Como não doía e, por outro lado, sentia uma relutância natural em deixar alguém mexer nos meus ouvidos, não me preocupei em consultar um médico. Contentava-me com o remédio que meu primo farmacêutico me enviava ocasionalmente.
Na primavera, de um momento para o outro a situação piorou. Não só começou a doer e o corrimento aumentar, como passei a não ouvir bem. E, pior o outro ouvido também começava a doer. “Bem, minha querida – disse-me a mim mesma – o aviso é claro. Trate de pegar o trem e ir à cidade para consultar um especialista antes que seja tarde”. A coisa não estava me agradando.
Lembrei-me da água benta pelo Padre Pio, mas senti vergonha de usá-la para tão pouco. Pedir um favor a Deus por uma cruz tão pequena, que eu podia aceitar e carregar muito bem. No entanto, a ideia da garrafinha de água benta que se encontrava na estante de livros, me voltava insistentemente. “Bem – disse – me eu, de repente – o melhor mesmo é deixar Nosso Senhor decidir “.
Com muita naturalidade, quase indiferença, peguei um palito, coloquei um pequeno chumaço de algodão na ponta, molhei-o na água benta e, fazendo o sinal – da – cruz, toquei com ele o interior de cada um dos ouvidos, dizendo apenas: “Seja feita a sua vontade “.
O efeito, acreditem se puderem, foi instantâneo. Daquele momento em diante, nenhuma gota de corrimento saiu jamais dos meus ouvidos. Ninguém podia ficar mais admirado que eu com este resultado completo e instantâneo, apesar de a graça ter sido solicitada com tanta despreocupação. O único sinal de que alguma coisa estivera errada com meus ouvidos era uma pequena crosta de ferida que de tanto em tanto, aparecia no canal de entrada. Depois disto, os meus ouvidos entraram num estado de normalidade completa.
Caminhando com o Padre Pio.
Clarice Bruno
Página 111
Um comentário
Pe. Pio é fantástico, ele nem precisou estar presente para convencer essa pessoa q a água benta por ele a curaria, foi exatamente o q aconteceu, ela pôs a água nos ouvidos e logo instantaneamente ficou curada. Eita Santo bom sô! São Pio rogai por nós!