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De um ponto de vista científico, a doença e as febres excepcionais presentes no caso de Padre Pio não tinham qualquer explicação. Eram e continuavam a ser um enigma.
O fenômeno, pelo contrário, é conhecido no campo místico. Os estudiosos da matéria afirmam que as
” super febres ” de certos santos são o efeito da veemência do seu amor por Deus, amor esse que abrasa e queima, como fogo. São picos de febre ” incríveis ” em pessoas que passam por experiências igualmente ” incríveis “.
O fenômeno foi dectado em muitos santos, entre os quais São João da Cruz, Santa Teresa d’Avila, Santa Margarida Alacoque, definida como “a santa de fogo”.
Também Padre Pio ardia com “esse” fogo. A 6 de maio de 1913, escrevia ele ao seu confessor, Padre Agostino: ” Sinto- me todo o arder, sem fogo. Mil chamas me consomem; sinto-me continuamente a morrer, embora sempre vivo. Em certos momentos é tal o fogo que me devora por dentro, que me esforço o mais possível por me afastar de Jesus e Maria, e por partir em busca de água gelada, a fim nela mergulhar”.
Assim, o amor que os santos, sobretudo os místicos, setem em relação a Deus, é tal, ou seja, tão intenso, que lhes afeta profundamente o físico. O objeto do amor é infinito e, por isso, a reação física provocada por esse sentimento é imensa. O seu coração bate com força e a temperatura do seu corpo sobe como se tivessem uma febre mortal. A pessoa acaba por se encontrar num estado anormal. O corpo e a psique só resistem por milagre.
É esta, portanto, a verdadeira causa de tantas dores físicas inexplicáveis, de tantos sofrimentos, de tantas doenças misteriosas, que se verificavam em Padre Pio. Constatavam os fatos, sentindo-se transtornados, tentavam formular hipóteses, mas nada mais.
Aquelas anomalias inacreditáveis eram consequências de experiências místicas extraordinárias. A dado momento, os diretores espirituais do Padre perceberam a realidade.
Padre Benedetto, que também era superior provincial de Padre Pio, escreveu-lhe o seguinte: ” Como superior e diretor espiritual, declarei que o vosso mal não tem necessidade de médicos, sendo especialmente permitido por Deus; tratando-se de uma cruz sobrenatural de características particulares, sempre considerei inúteis, neste caso, os fármacos e o ar da terra natal”.
Padre Pio respondeu-lhe: ” Estou plenamente convencido, depois disso me ter sido garantido, que a minha doença é especialmente permitida por Deus e que, por isso, não tenho necessidade de médicos”.

A enfermidade nos aproxima de Deus
Padre Pio nos mostra que quanto maior for o sofrimento maior amor se tem a Deus
O sofrimento tornava Padre Pio mais íntimo de Deus

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