A devoção de Padre Pio à Virgem Maria não tem nada de edulcorada, mesmo quando é formulada em um tom afetivo, próprio em parte à sensibilidade da piedade meridional, mas sobretudo traduzindo a autenticidade de sua ternura filial àquela que é Mãe dentre todas as mães: ele crê na verdade, na luz da fé, que Maria de Nazaré é sua Mãe, instituída como tal pelo próprio Jesus. Morrendo na Cruz, o Salvador confiou a Maria — na pessoa do Apóstolo João — cada um de nós, a Igreja e a humanidade inteira: Mulher, eis aí o teu filho… eis tua Mãe, instituída como tal pelo próprio Jesus. Morrendo na cruz, o Salvador confiou a Maria — na pessoa do Apóstolo João — cada um de nós, a Igreja e a humanidade inteira: Mulher, eis aí o teu filho… eis tua mãe ( Jo 19, 26-27); como o discípulo amado, Padre Pio levou-a para sua casa, acolheu-a em seu coração e em sua vida. Compreendeu que em João cada um de nós tornou-se o filho bem- amado de Maria. Como poderia não corresponder a esse amor? Em seus êxtases em Venafro, escaparam-lhe efusões, anotadas por Padre Agostino:
Escuta-me, Mamãezinha… Amo-te mais que todas as criaturas do céu e da terra … depois de Jesus, é claro… mas eu te amo!
Depois de Jesus… Este continua sendo o único Bem-Amado, fonte e fim de todo amor. Padre Pio ama Maria mais ainda porque ela o ajuda a amar Jesus, a penetrar no mistério do amor divino:
A Mãe de Jesus, que é também nossa, obtém-nos de seu filho a graça de levar uma vida segundo o coração de Deus, uma vida toda interior e toda oculta n’Ele. Essa tão boa Mãe nos une a Jesus tão estreitamente, que não sobra nada neste mundo que capture ou seduza nossas almas. Ela nos mantém sempre na presença de Jesus, amor infinito.
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