Algumas de suas cartas de direção erguem um pouco o véu sobre o que foi sua oração de criança, pois é – sublinha ele – a partir de sua própria experiência que ilumina e encoraja suas filhas espirituais:
Guarda-te, minha filha, de abandonar a santa oração e todas as outras práticas de piedade, porque assim farias o jogo do adversário, mas persevera com coragem e constância nesse santo exercício e aguarda que Deus te fale, porque um dia ele te dirá palavras de paz e de consolação, fazendo-te conhecer que teus sofrimentos terão sido utilizados para teu maior bem e que tua paciência terá dado seus frutos.
Em poucas palavras ele indica as disposições indispensáveis à oração, à fidelidade e à regularidade, que todos os mestres espirituais recomendam e que ele mesmo observou desde seus tenros anos, quando imaginava um estratagema para se entregar, sem que o soubessem os seus, a longos momentos de recolhimento na igreja fechada. O que fazia durante essas horas, qual era então sua prece? Ele nada revelou, mas os conselhos que distribui a seus discípulos permitem entrevê-lo:
Desejo de todo coração que consagres um pouco mais de tempo à meditação e às boas leituras, especialmente durante o período de férias, pois esses são os meios eficazes para manter o espírito em maior recolhimento e enraizá-lo Naquele que é tudo para nós.
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