Lorenzo Bedeschi, escritor, após uma visita em 1954: “Padre Pio é um conversador formidável. Vivo e irônico, brilhante e dialético. Possui e recorre a todas as astúcias psicológicas para cativar a assistência. Aproveitando-se de alguma frase incauta e genérica do interlocutor, consegue desnudar seu verdadeiro pensamento, apanha-o habilmente, com alguma pergunta, talvez lançada no ar negligente, enreda-o quando ele menos espera e revela, recorrendo, ora ao raciocínio, ora ao sarcasmo e, com frequência, à sua superioridade temperamental. Só dificilmente se consegue deixar Padre Pio embaraçado no diálogo direto, mesmo que se procure discutir com ele problemas científicos, que não lhe sejam familiares. Quando se vê em dificuldades, é capaz de recorrer a uma tirada indubitável efeito demagógico, para sair vitorioso. Como se isso não bastasse, deixa o ousado interlocutor desconcentrado, com saídas aparentemente bizarras e frases irônicas, que o impedem de tirar conclusões. Além disso, recorre ainda à mímica, levantar-se da cadeira, expõe o indivíduo a ridículo, agarra-o com toda a força por onde ele menos espera, e muda o tom de voz, passando repetidamente do tom patético ao brincalhão, ou vice-versa; possui indiscutíveis dotes naturais de ator, que um ouvinte inteligente, mesmo depois de desmascarado, não pode deixar de admirar. No entanto, é sobretudo o seu grande sentido de humor que não escapa a ninguém”.

Livro Padre Pio um santo entre nós/pág 498

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