Categories:

“A configuração de Padre Pio com Cristo torna-se luminosa, sobretudo no sofrimento”, afirmou ele. “A sua vida é uma Paixão, e as semelhanças com o sofrimento do Salvador também são demasiado evidentes. Começam, precisamente, pela incredulidade e pelas perseguições daqueles que deveriam ser os primeiros a poder e dever compreender, enquanto que até as multidões humildes e sinceras assediavam a Igreja das Graças e o confessionário do Padre, provenientes ‘de toda a Judeia, de Jerusalém, e da costa de Tiro e de Sídon’, para utilizar as palavras de São Lucas. Em suma, vinham de todas as partes do mundo, para escutar o Padre e para que ele as curasse das suas doenças, e todos procuravam tocar-lhe, pois dele saía uma força que a todos curava…
Contudo, para magoá-lo no profundo de si mesmo, fazendo-o agonizar como o Salvador no horto das Oliveiras, contribuiu o fato de não ser tanto ‘pela’ Igreja: pelos homens da Igreja, que descarregam sobre a comunidade – animada pelo espírito de Cristo, que a torna admirável sacramento de salvação – o peso das suas misérias, cobiça, ambições, mesquinhez e desvios”.
Em 1972, o Cardeal Giuseppe Síri fez-se eco dessas palavras, afirmando: “Os primeiros que deveriam ter reconhecido Jesus Cristo foram aqueles que o enviaram à cruz. Também a Padre Pio sucedeu o mesmo… Ele foi reduzido a um ser rejeitado, prisioneiro e segregado; chegaram ao ponto de impedi-lo de comunicar-se com o povo”.
No decreto de reconhecimento da heroicidade da sua virtude, emanado em dezembro de 1997, como conclusão do processo de beatificação, é afirmado oficialmente, embora de forma discreta, que o Padre teve de sofrer muito, precisamente por causa da Igreja. “Experimentou durante muitos anos os sofrimentos da alma. Durante anos, suportou as dores das suas chagas com fortaleza admirável. Aceitou em silêncio e na oração as numerosas intervenções da autoridade eclesiástica e da sua Ordem. Calou-se sempre frente às calúnias…
Foi obediente a todas as ordens dos seus superiores, mesmo quando elas eram vexatórias”.
Como já vimos, Durante toda a vida, Padre Pio não foi querido pelas autoridades eclesiásticas. Contudo, nunca, em ocasião alguma, lhe foi ouvida uma única palavra contra a Igreja ou contra as autoridades em questão.
Escreveu ainda o Cardeal Lercaro: “Em Padre Pio, talvez não haja nada de mais impressionante do que o seu silencioso, persistente e quase obstinado, embora muito humilde, amor à Igreja, a sua fidelidade à Igreja “.
Mais do que os milagres, carismas, visões, bilocações e conversões clamorosa, foi certamente esse amor que transformou Padre Pio num grande santo, tão parecido com Cristo e tão útil para a salvação do mundo.

Nenhum comentário ainda

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    error: O conteúdo desse site é protegido
    Pular para o conteúdo